domingo, 25 de abril de 2010

Trasporte Público.



Segundo o Artigo 6º do Capítulo II - Dos Direitos Sociais, da Constituição Federal “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer [...]”, direitos fundamentais na vida do cidadão brasileiro. Porém, para ir à escola é preciso tomar uma condução, para ir ao médico é preciso tomar uma condução, assim como pra ir trabalhar e, até mesmo, para se divertir é necessário o uso de transporte para boa parte da população. Assim, o transporte público é o meio mais acessível para o povo que não dispõe de automóvel próprio para se locomover. Mas, embora tenha no nome o que diz ser público, o transporte tem um valor a ser cobrado e o público fica apenas no termo.
De início, o valor a ser pago nos transportes coletivos era simplesmente uma taxa para cobrir a manutenção do sistema, tais como: combustível, manutenção mecânica, salário de funcionários, dente outros. Porém, o objetivo no valor exorbitante das tarifas atualmente vai além dessa manutenção. Anualmente, temos enfrentado aumentos sem explicações no preço da tarifa de transporte coletivo urbano em Feira de Santana e outras cidades por todo o Brasil. Aumentos esses que visam tão somente o lucro das empresas que administram o transporte público na nossa cidade e que culmina na exclusão de uma grande porcentagem de usuários do transporte todo ano. Não é difícil encontrarmos pessoas indo ao trabalho ou à escola usando bicicletas ou até mesmo andando nas ruas da cidade. Toda essa realidade é fruto do alto custo da passagem do ônibus em Feira. Para se ter uma idéia, no Brasil, 38 milhões de brasileiros não usam o transporte público por não ter dinheiro para pagar a tarifa (dados do IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Dessa forma, o Comitê de Luta pelo Transporte Público (CLTP) se reorganiza com o objetivo de travar a luta contra os empresários do Transporte e a Prefeitura, essa última, aliada dos “donos do Transporte Público” em nossa cidade. Tendo em vista o aumento recente na capital do Estado, os movimentos sociais que compõem o Comitê se articulam na base, se preparando para o provável aumento também em Feira de Santana, como todo ano. Sendo assim, se articular na base é envolver todos os afetados com o aumento, debatendo a questão do Transporte Público e sua importância para o trabalhador, para o desempregado e para o estudante, nossa principal força na luta pelo Transporte Coletivo Urbano, seja ele de nível médio, universitário ou Técnico.
Como se configura todo ano, o aumento é apresentado à população sempre nas férias estudantis para que não haja nenhuma tentativa de contestação. Porém, esse ano as atividades do ano letivo do ensino secundarista já retornaram e, entretanto, ainda não vigora R$0,10(dez centavos) a mais, por exemplo, no valor da tarifa em nossa cidade. Sendo assim, ainda é tempo de nos organizarmos antes do aumento. Temos tempo de fazer diferente esse ano para que quando os centavos a mais na tarifa forem anunciados nós já estejamos prontos para tomarmos as ruas de forma consciente, sabendo o que representará esse aumento para cada um de nós. A responsabilidade de lutar por um Transporte Público acessível a todos está na revolta de cada um que sofre por não ter condições de pegar ônibus quando precisar.
A luta do CLTP não tem como finalidade apenas barrar o aumento. Não permitir que haja um aumento no valor da passagem é o objetivo a curto prazo. O objetivo de luta maior do Comitê é viabilizar a Lei do Passe-Livre estudantil. Daí, muitos se questionam: “- Mas, é possível pegar ônibus sem pagar? Isso é utopia!”. Infelizmente é dessa forma que pensa muita gente, se esquecendo que com os impostos que o povo brasileiro paga (um dos maiores do mundo), com o que pagamos de juros, com a distribuição esdrúxula de renda que possuímos, com as opções políticas que isentam os empreendimentos milionários, não há dúvida de que é possível pensar num Transporte Coletivo Público, gratuito e de qualidade. Exemplo prático e recente que temos foi a conquista do Passe-Livre estudantil na capital Federal, Brasília. No último dia 11 de fevereiro, foi sancionada a Lei do Passe-Livre que dá direito a 54(cinqüenta e quatro) passagens gratuitas aos estudantes do ensino Fundamental, Médio, Superior, Técnico e Profissionalizante, limitado apenas aos dias úteis da semana. Um grande avanço, embora ainda limitado, mas que prova que é possível conquistar o direito de um Transporte verdadeiramente público que nos foi tirado.
Por isso a importância de engajarmos na luta pelo Transporte Público, pois, é um meio fundamental para o acesso aos direitos básicos da população e que tem sido inviabilizado quando tratado como mercadoria.Transporte Público é um direito de todos e não apenas dos que têm dinheiro!

O caráter elitista da Micareta.



Isaías, estudante militante do Feira X, um pouco do Micareta.


Todos os anos temos no Brasil uma festa popular chamada Carnaval, no qual, com o passar dos anos após sua primeira edição, acabou fixando-se como um momento cultural, que dá mais uma identidade ao país no exterior, dentre algumas outras. Como destacado na primeira linha do texto, carnavais ou festas de rua, a exemplo da Micareta – carnavais fora de época -, são festas populares realizadas durante alguns dias da semana, com o objetivo de promover lazer à população. No entanto, o que se tem visto com a crescente demanda empresarial em termos de produção de festa é que essas micaretas têm deixado de lado o caráter popular a ela atribuído inicialmente.
Na micareta de Feira de Santana, por exemplo, além dos exorbitantes valores nos custos dos famosos “blocos de cordas”, é cada vez mais perceptível a elitização também nos outros espaços, como o camarote e o corredor do mesmo, onde o chamado “folião pipoca” não tem acesso devido ao curto espaço delimitado apenas para os blocos de cordas. Sendo assim, é ali onde a micareta, de fato, se concentra para a mídia local e externa pois, é ali dentro que se encontra quem realmente pagou para a festa, é ali que se encontra, para os organizadores, a beleza estética do evento. Mas, onde fica o caráter popular da Micareta? Bem, há muito esses tipos de festas já deixaram de ser popular.
Muito se fala em conforto e comodidade em alguns espaços da micareta de Feira. Tudo isso sob reajustes nos valores de acesso que todo ano exclui quem menor condição tem para freqüentar tais espaços. E quanto aos camarotes que, além de oferecer segurança contra a violência durante a festa e inúmeras opções de divertimento para além dos trios elétricos, ainda se apresentam também como garantia de status para o folião. Esse tem sido o grande problema e, talvez, o que alimenta toda essa privatização nos espaços dessa festa popular. O sentimento de superioridade contido em cada folião ao adquirir um passaporte para o camarote ou até mesmo a compra do abada – nome dado às camisas dos blocos – mais caro da festa, tem se tornado o objetivo de todos aqueles que amam e não abre mão da micareta, independente do custo da sua inserção. E diante da conjuntura neoliberal em que vivemos, onde quem tem poder para adquirir, através do dinheiro, o que de melhor tem o mercado a oferecer, fica fácil para os empresários, organizadores da festa, planejar tudo nos moldes mais lucrativos, deixando assim, sem opção, uma grande parte da população que deve se contentar com os espaços mais distantes dos artistas e com um percurso cada vez menor por conta do crescente número de camarotes.
O que dizer então da venda da micareta para empresas monopolizarem a festa com o seu produto, por exemplo. Como se não já bastasse a privatização dos espaços, agora privatiza-se, na micareta de Feira, até mesmo os produtos a serem consumidos na avenida. Devido ao marketing e ao objetivo do lucro, o folião deve contentar-se apenas com uma opção de um determinado produto, sendo ele, o mais consumido nesse tipo de festa. A que ponto festas populares como a micareta de Feira de Santana chegará? Dessa forma, chegará o dia em que será demarcado o espaço do evento podendo adentrar somente os que pagaram, de alguma forma, os adereços que permitam o status, a beleza estética e o lucro dos organizadores.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vereadores destacam Caminhada da Paz no Bairro Feira X




Extraído de: Camara Municipal de Feira de Santana - 13 de Abril de 2010
A Caminhada da Paz, realizada no último sábado, no bairro Feira X, promovida pela Associação José Sarney, foi destacada na Câmara Municipal, pelo vereador Roque Pereira (PT do B). Segundo o vereador, o evento apresentou um numeroso público, representado por líderes comunitários, autoridades políticas, eclesiásticas e pessoas da comunidade local e bairros circunvizinhos.
Na oportunidade, Roque Pereira informou que nos últimos quatro meses, as comunidades do Vila Verde, no Conjunto Feira X; Parque Tamandari, no bairro Tomba e bairro Jussara, juntas, registraram 19 homicídios, a maioria relacionado ao tráfico de drogas. De acordo com o vereador, através de mensagens, sobretudo, contra a violência, a Caminhada do Feira X objetivou a construção de uma cultura de paz.
Em seguida, o vereador Otávio Joel (DEM), disse que também participou do evento e pode comprovar a importância deste para a promoção da educação para a paz. "precisamos mobilizar e sensibilizar a sociedade contra a violência que se apresenta em nosso país, na Bahia e, sobretudo, em Feira de Santana, visto que os órgãos competentes, muitas vezes, não combatem de maneira eficaz a segurança pública".

http://www.jusbrasil.com.br/politica/4708552/vereadores-destacam-caminhada-da-paz-no-bairro-feira-x-130410

sábado, 10 de abril de 2010

Chuvas fortes fazem primeira vítima em Feira de Santana




As chuvas fortes que caíram em Feira de Santana durante a quinta-feira (8) fizeram a primeira vítima na cidade.

Um homem de prenome Raimundo, morador do Conjunto Feira X, morreu na tarde de ontem, após cair em um córrego localizado no Caminho 20. Chovia muito forte e a água da chuva cobriu todo o córrego, dificultando a visibilidade de uma ponte que dá acesso aos moradores para o Caminho 20.

De acordo com Antônio Carlos, vizinho da vítima, Raimundo tentou passar pela ponte para ir para sua residência. “Mas, quando passava, a correnteza da água da chuva estava muito forte e acabou arrastando ele para dentro do córrego”, relatou o vizinho.

Um grupamento do Corpo de Bombeiros chegou ao local minutos depois do acidente, mas, devido à forte correnteza, os bombeiros não tiveram como entrar e procurar a vítima. Horas depois o corpo de Raimundo foi encontrado no Conjunto Viveiros, localizado a dois quilômetros do local da queda.

Revolta

A morte do morador Raimundo causou revolta nos moradores da localidade. No ano de 2007, uma mulher e uma criança foram arrastadas e mortas pela correnteza em um dia de fortes chuvas.

De acordo com a comunidade local, as autoridades competentes devem tomar providências com urgência para evitar que novas tragédias aconteçam. “Na trovoada passada, quando também choveu forte, neste mesmo córrego, as águas levaram mãe e filha, que também morreram. A prefeitura precisa fazer alguma coisa para que não morra mais gente”, reivindicou Maria da Conceição da Silva, moradora do Conjunto Feira X.

As informações são do Folha do Estado